domingo, 3 de maio de 2009

Contando histórias acontecidas e imaginadas...




O caso do nome esquisito






Astrolonio era seu nome. Ele não gostava de ser chamado assim. Desde pequeno era Lolo. Aos sete anos, como todas demais crianças de sua rua foi para a escola pela primeira vez. Primeira série do Primário. Ele é da época em que existia o primário.
A professora, uma mulher esguia e magra de assustadores óculos ondulados, ao fazer a chamada falava aquele nome: Astrolonio.
O Lolo se calava, não era aquele seu nome. Passou um mês e Astrolonio estava com faltas, Lolo não existia naquela sala de aula de crianças de olhos brilhantes e sedentos por saber, por conhecer, por aprender.
A professora, certo dia, se dá conta: falta um. Faz e refaz a chamada e suas contas. Lá pelas tantas pergunta:
- Quem é Astrolonio?
O riso é geral, aquele espantoso nome se destaca a mesmice de Luiz, José Antônio, Carlos, Mariana...
A professora pergunta, então, àquele menino de olhos tristes e expressão angustiada qual seu nome.
- Lo...Lolo! Professora
A professora para, olha em volta, vê que o riso se forma e não sabe muito bem como agir.
Estava diante de Astrolonio, uma mistura de Astro, com Antônio? Pensa ela.
Não, reflete mais adiante. Sabia que aquele nome teria relação com os Astros, teria talvez alguma relação com a Polônia? Difícil saber...
Sem saber ela escreve na chamada:
27 – LOLO
O menino passa a existir.
NÃO EXISTIA ANTES?
Quem é Astrolonio?
Quem é Lolo?
Quem sabe um dia saibamos o que aconteceu depois desse dia em que ele se tornou, oficialmente Lolo...

Um comentário:

Rita disse...

QUE MARAVILHAAAAAA!!!!