segunda-feira, 11 de maio de 2009

Da vinda e outras coisas...



Faz dias que não escrevo um texto e publico nesse blog. Tenho escrito pouco. Ando tomada de um sentimento de amor ao mundo que, por incrível que pareça, não tem um motivo essencial, apenas quero começar a olhar a vida com outros olhos, olhos que sejam mais doces e sinceros, que sejam mais humanos e fraternos, olhos que inspirem mais ações do que palavras.
Hoje fui dar aula com esse sentimento, mas não é da ida que quero falar, senão da volta. É de fatos então que quero comentar, de um daqueles dias que tem tudo para dar errado, mas a forma como olhamos impede e faz com que as coisas não se percam e o mundo continue com o colorido anterior.
Para aqueles que não sabem, trabalho em uma escola em Pelotas, uma escola que tem me feito muito bem, só escrevo sobre o que me faz mal. Então, ela é sempre poupada em minhas narrativas pouco perfeitas e feitas para mim.
Essa é outra coisa, não escrevo para os outros, escrevo para mim, para descarregar o que há de inconstante, efêmero, triste, sombrio, mau em mim. Escrevo para que me torne uma pessoa melhor, assim, não preciso de leitores, sou a leitora de mim mesma, a profanada leitora de textos pouco formatados, pouco coesos, pouco coerentes, textos alegres e tristes, textos contraditórios que refletem a alma de quem escreve,
Esse texto se pretendia engraçado, mas tomou um outro rumo.
Queria contar a graça que foi minha volta para casa hoje, vou continuar fazendo isso...
Complicada a coesão e coerência, cada vez se perdem mais...
BUENO,
As 12hs30min, como acontece quase todos os dias, embarquei no ônibus da Empresa Embaixador com minha passagem Pelotas –Quinta que me dava direito a um assento, cujo número era o 28.
Sentei-me no corredor ao lado de um sujeito, o qual atenção não prestei, acredito que estivesse lá pela casa dos 40 anos e lia algo que não sei do que se tratava.
Logo adormeci, sempre durmo em ônibus, até ai não havia nada de fora da rotina em meu trajeto, fora o calor em meados de agosto.
Lá pela ponte de Pelotas já estava dormindo, nem lembro do trajeto, depois desse momento inicial a única coisa que lembro é que o ônibus estava passando em frente ao presídio da Quinta e eu já havia passado várias paradas de onde deseja descer, ou seja, na rodoviária, onde meu carro estaria estacionado, me esperando.
Puxei a cordinha e desci, o motorista me perguntou se era naquela parada mesmo, disse que sim, ele me disse que se eu tivesse puxado o sinal antes ele teria parado melhor. Achei melhor não argumentar e dizer que: -Meu senhor eu queria era descer umas cinco paradas para trás,
Desci, naquele sol de início da tarde e com vontade de chegar em casa, para não dizer outra coisa.
Mas vejam, nem tudo estava perdido, a parada onde desci tinha um banco para sentar, ainda que no sol. Parei e pensei que nem tudo estava perdido e que poderia ter sido pior.
Esperei ali sentada vendo os carros passarem, até que passou um ônibus Quinta e eu mais um vez iniciei meu movimento para chegar até ela – a Quinta.
Cheguei, desembarquei posto que antes embarcada estivesse e, tal não é minha surpresa quando chego perto do carro, mais um surpresa. Um pneu furado. Eu paro e penso: o que eu fiz de errado??
Mas não me desespero, afinal, eu quero começar a olhar o mundo com outros olhos. Vou até o borracheiro e depois de uma meia hora o pneu está pronto e posso voltar para casa.
Consegui fazer isso tudo sem sentir raiva de nada, nem de ninguém, começo a achar que muito do mundo é feito por nós e pelos olhos que olhamos...
Eu só peço a Deus, parafraseando a música, olhos mais humanos, para que eu possa ser mais feliz...

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