domingo, 3 de maio de 2009

Tu... Oposto de mim, igual a mim...


Tu não entendes nada do que eu calo,
Tu não sabes nada do que eu sinto e não ouves nada do que eu falo.
Tu não me amas e mesmo que me amastes eu não poderia te amar.
Tu não sabes nada sobre as coisas que eu penso e queres saber sobre o que sinto.
Minhas loucuras intimas e meus atos patológicos fogem do teu alcance.
Tu és sombra, eu sou luz.
Tu és iluminação, eu sou treva.
O léxico e a linguagem que se misturam não dão conta de mostrar o que somos.
Sou toda poesia e tu prosa.
Sou o texto rígido e tu, tu és o poema bonito.
Sou o gelado, és o frio.
Sou a chaleira quente e tu, tu és o sorvete gelado.
Sou a parede fria e tu o vulcão em erupção.
Sou o fogo e tu, tu és o que não arde...

Um comentário:

Rita disse...

Que belas metáforas, antíteses, sinestesias e personificações.... tu és as figuras de linguagem... ele, o desvio da linguagem padrão!!!